Paulista 0x1 Palmeiras

Foi difícil, suado, duro, mas com um gol salvador no final do jogo, o Palmeiras conseguiu mais três pontos e a classificação antecipada para as quartas-de-finais do Paulistão 2012.

A partida marcou a esperada estreia de Wesley ao Verdão, depois de uma longa novela, que só teve seu final feliz depois de 2 meses. Felipão surpreendeu a todos e de cara promoveu a estreia do volante. Henrique, suspenso, não atuou. Leandro Amaro e Maikon Leite também não jogaram - parece que pegaram uma virose. Assim a zaga ficou com Mauricio Ramos e Román. No ataque, o jovem Vinícius teve a sua chance. O primeiro tempo foi muito, mais muito ruim. PÉSSIMO! O time não conseguia jogar, parecia que a derrota no Derby abalou muito o time. As únicas jogadas saíram com Vinícius, que driblava bem seus marcadores e construía boa jogada. Numa delas obrigou o goleiro a fazer boa defesa - faltou colocar mais a bola. Já o Paulista assustava. Principalmente com Reinaldo, o lateral-esquerdo deles (por sinal um ótimo lateral, seria perfeito ele e Arthur para o time reserva, baratos e bons - nos livraríamos do cone Gerley). Ele fez a festa com Cicinho, que perdeu todas, e obrigou Deola a fazer duas ótimas defesas. E assim foi o primeiro tempo, de Reinaldo e do Paulista.

Na segunda etapa mudou a postura do time ao sacar Vinícius e mandar Daniel Carvalho a campo. Em 10 minutos, ele fez mais que Valdívia em toda partida: partiu pra cima, driblou três em uma só jogada, deu caneta, arriscou chute de fora da área obrigando o bom goleiro deles a fazer boa defesa, sofreu falta... Mudou a cara do time. Mas faltava velocidade e isso mostrou a grande importância de Maikon Leite pelas pontas. Até agora não citei Wesley na partida, mas ele apareceu, apareceu quando foi substituído por João Vitor - a partida de estreia do tão esperado volante pode ser descrita assim: primeira jogada, ele tenta o desarme e leva uma bela meia lua; passe errado; passe errado; escorrega e faz a falta; vai "seco" no adversário e leva uma caneta espetacular; passe errado; e passe errado. Como diria o Milton Leite: "Que fase!". Mas o time arriscava pouco, faltava chutar, faltava tentar. Eis que surge Márcio Araújo (essencial ao time, apesar das falhas no domingo, não pode ser crucificado): surgiu um espaço ele arranca, deixa os marcadores pra trás e deixa Barcos em boa condição de gol. Com um zagueiro a frente, o argentino corta pra direita e desloca o adversário - era só bater e sair pro abraço. Mas ele inventou, cortou novamente e facilitou o goleiro Vagner que fechou o ângulo e, com a mão certa, no lugar certo, fez incrível defesa. O time de Jundiaí comemorou como se fosse um gol...

O time não chegava e a torcida já aceitava o empate. Parecia que não tinha mais jeito. Faltava aparecer a tal da INDIVIDUALIDADE. E foi assim que surgiu João Vitor, aos 42: ele carregou a bola e procurou alguém pra tocar, ninguém apareceu e ele resolveu chutar... A bola tocou a trave e morreu na rede do canto oposto. GOLAÇO! SUADO! CHORADO!

O Paulista tentou uma reação e foi com tudo, mas já era tarde e o Verdão quase matou o jogo em um contra-ataque rápido. Após recuperar a bola, Daniel Carvalho recebeu a pelota já no meio-campo e saiu em disparada. Eram 3 contra 2, Barcos estava sozinho pela direita, e os dois zagueiros já cobriam Ricardo Bueno (senão me engano) pelo lado esquerdo. E foi ali que Daniel tocou, mas a bola correu de mais e ficou com o goleiro.

A partida serviu para o time ganhar confiança novamente, depois da derrota no domingo e da quebra da invencibilidade. Uma derrota para o maior rival e um empate em seguida poderia ser o início de uma crise, se é que podemos dizer assim. Além disso, mostrou a Felipão que Daniel Carvalho é titular absoluto no time. Felipão tem três opções: com Valdívia o ajudando, podendo também jogar com segundo atacante; com Maikon Leite pelas pontas sempre com muita velocidade; ou com Valdívia e Maikon Leite juntos, desfazendo de um volante (a briga fica por conta de Wesley, Márcio Araújo e João Vitor). O Palmeiras volta a campo no sábado, ás 18h30, no Pacaembu, diante do Mirassol, pela 17ª rodada.

ATUAÇÕES
Deola: muito exigido no primeiro tempo, fez boas defesas, deu segurança. 8
Cicinho: levou um baile de Reinaldo, pior do time. 3
Maurício Ramos: melhor em campo, não perdeu uma. 8,5
Román: péssimo pelo alto, tentou alguns passes ousados, já que o meio-campo não fazia sua parte. Dá alguns sustos. 6,5
Juninho: regular, não foi bem, mas não foi mal. 6,5
Márcio Araújo: buscava as bola na defesa e se lançava ao ataque. Mostrou que se recuperou de domingo. Boa partida. 7,5
Marcos Assunção: muita descalibrado, não acertou uma. Ruim na marcação. 6
Wesley: sem ritmo da pra entender, mas não pode errar tantos passes e levar dribles secos como levou. Vou dar um desconto, mas se não fosse a primeira partida levaria 4,5. Mas... S/N
Valdivia: apagado! Espero que enquanto tenha ficado no banco, tenha observado Daniel Carvalho e visto que tem que jogar pra frente, tentando passes, chutes e não de costas pro marcador como ele vem fazendo. 4,5
João Vitor: não fez nada de mais. Porém, fez mais que Wesley durante todo o jogo, seja em passes certos, desarmes, dribles e ainda fez o gol. Pelo gol leva a nota 8
Daniel Carvalho: muito bem em campo, entrou pra mudar o jogo, mas o time não ajudou. Então, fez o que pode sozinho. 8,5
Vinícius: quando era lançado pelo alto dominava mal e entregava a bola. Mas por baixo fez a festa (quando teve oportunidade: quase nunca), driblou, deu caneta e quase marcou. 7
Barcos: quando teve a chance, enfeitou demais. No primeiro corte era só bater e gritar gol, mas não... 6
Ricardo Bueno: se esforça, tenta, vai, mas não consegue. No meio do ano não deve renovar o contrato. Pelo vontade 6,5
Felipão: #ATENÇÃO Daniel Carvalho é titular, ok? Não preciso falar mais nada. 4

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